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Resolução "Mecânica Analítica" - Capitulo 1

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Problema 1.2

Uma conta(partícula) de massa m desliza sem atrito ao longo de uma haste rígida, de massa desprezível, que gira um plano horizontal com velocidade angular constante ω\omega. Mostre que, com uma escolha adequada da coordenada r, a lagrangiana do sistema é

L=m2r˙2+mω22r2mgrsenωtL = \frac{m}{2} \dot r^2+\frac{m\omega^2}{2}r^2-mgr sen \omega t

Dadas as condições iniciais r(0)=r0r(0)=r_0 e r˙(0)=0\dot r(0) = 0, encontre a solução da equação de Lagrange para r.

[ESTOU DEVENDO IMAGEM]

Resolução

Observamos da figura que as coordenadas da partícula de massa m são

x=rcos(ωt)y=rsin(ωt)\begin{aligned} x = r \cos(\omega t) && y=r\sin(\omega t) \end{aligned}

Assim sua energia cinética é escrita como

T=12m(x˙2+y˙2)x˙2=(r˙cos(ωt)rωsen(ωt))2y˙2=(r˙sen(ωt)+rωcos(ωt))2\begin{aligned} T &= \frac{1}{2}m(\dot x^2+\dot y^2)\\ \dot x^2 &= (\dot r cos (\omega t) - r \omega sen (\omega t))^2 \\ \dot y^2 &= (\dot r sen (\omega t) + r \omega cos (\omega t))^2 \end{aligned}

Abrimos as contas da quantidade T

x˙2=(r˙2cos2(ωt)2rr˙ωcos(ω)sen(ωt)+r2ω2sen2(ωt))y˙2=(r˙2sen2(ωt)+2rr˙ωsen(ωt)cos(ωt)+r2ω2cos2(ωt))\begin{aligned} \dot x^2 = (\dot r^2cos^2(\omega t)-2r\dot r \omega cos(\omega)sen(\omega t)+r^2 \omega^2 sen^2(\omega t))\\ \dot y^2 = (\dot r ^2 sen ^2 (\omega t)+2r \dot r \omega sen (\omega t) cos (\omega t)+r^2\omega^2 cos^2(\omega t))\\ \end{aligned}

assim

T=12m(r˙2+r2ω2)T = \frac{1}{2}m(\dot r^2+r^2 \omega^2)

A energia potencial será

V=mgrsenθV = mgr sen \theta

A lagrangiana será então

L=TVL = T-V
L=12m(r˙2+r2ω2)mgrsen(ωt)L = \frac{1}{2}m(\dot r^2+r^2 \omega^2)-mgr sen (\omega t)

As equações do movimento serão então dadas por

ddt(Lr˙)Lr=0\frac{d}{dt}\left(\frac{\partial L}{\partial \dot r} \right) - \frac{\partial L}{\partial r} = 0

Faremos as derivadas pedidas separadamente

Lr˙=mr˙Lr=mrω2mgsen(ωt)ddt(mr˙)=mr¨\begin{aligned} \frac{\partial L}{\partial \dot r} &= m \dot r && \frac{\partial L}{\partial r}=mr \omega^2 -mgsen(\omega t)\\ \frac{d}{dt}(m\dot r)&=m\ddot r \end{aligned}

Chegamos assim na equação do movimento

mr¨(mrω2mgsen(ωt))=0r¨rω2+gsen(ωt)=0m\ddot r-(mr \omega^2-mg sen (\omega t))=0\\ \ddot r - r \omega^2 + g sen (\omega t)=0

que tem a forma de uma ED linear ordinária de segunda ordem não homogênea. Descobrir a equação horária r(t) é portanto resolver esta EDO com as condições iniciais impostas r(0)=r0r(0)=r_0 e r˙(0)=0\dot r(0) = 0.

Problema 1.4

O pêndulo cicloidal de Huyghens consiste numa partícula oscilando num plano vertical ao longo de um arco cicloide com equações paramétricas

x=Rθ+Rsenθy=Rcosθx = R\theta+R\text{sen}\theta\\y = -R\text{cos}\theta

Mostre que a lagrangiana desse sistema pode ser posta na forma:

L=2mR2cos2θ2θ˙2+mgRcosθL = 2mR^2cos^2\frac{\theta}{2}\dot{\theta}^2+mgRcos\theta

fazendo a transformação de ponto u=sen(θ/2)u=sen({\theta}/{2}), obtenha a lagrangiana e a equação de Lagrange em termos da coordenada u. Prove que o período de oscilação é igual a 4π(R/g)1/24\pi(R/g)^{1/2}, independente, portanto, da amplitude θ0\theta_0.

Resolução

Podemos descrever a Lagrangiana da partícula sujeita a restrição dada pelo arco cicloide como:

L=TUL = T - U

onde,

T=12m(x˙2+y˙2)U=mgyT = \frac{1}{2}m(\dot{x}^2+\dot{y}^2)\\ U = mgy

descrevem a energia cinética e potencial do sistema, respectivamente, assim substituímos as equações do cicloide nas equações acima

x˙2=(Rθ˙+Rθ˙cosθ)2=R2θ˙2+2R2θ˙2cosθ+R2θ˙2cos2θy˙2=(Rθ˙senθ)2=R2θ˙2sen2θ\dot{x}^2=(R\dot{\theta}+R\dot{\theta}cos\theta)^2 = R^2\dot{\theta}^2+2R^2\dot{\theta}^2cos\theta+R^2\dot{\theta}^2cos^2\theta\\ \dot{y}^2=(R\dot{\theta}sen\theta)^2=R^2\dot{\theta}^2sen^2\theta

Escrevemos assim a expressão T,

T=12m(R2θ˙2+2R2θ˙2cosθ+R2θ˙2cos2θ+R2θ˙2sen2θ)T=12m(R2θ˙2+2R2θ˙2cosθ+R2θ˙2)T=12m(2R2θ˙2cosθ+2R2θ˙2)T=m(R2θ˙2(1+cosθ))T = \frac{1}{2}m(R^2\dot{\theta}^2+2R^2\dot{\theta}^2cos\theta+R^2\dot{\theta}^2cos^2\theta+R^2\dot{\theta}^2sen^2\theta)\\ T = \frac{1}{2}m(R^2\dot{\theta}^2+2R^2\dot{\theta}^2cos\theta+R^2\dot{\theta}^2)\\ T = \frac{1}{2}m(2R^2\dot{\theta}^2cos\theta+2R^2\dot{\theta}^2)\\ T = m(R^2\dot{\theta}^2(1+cos\theta))

Utilizando da expressão do arco-metade,

cosθ2=±1+cosθ2cos\frac{\theta}{2} = \pm\sqrt{\frac{1+cos\theta}{2}}

teremos,

T=2mR2θ˙2cos2θ2T = 2mR^2\dot{\theta}^2cos^2\frac{\theta}{2}

Faremos a substituição em U,

U=mgy=RmgcosθU = mgy=-Rmg\cos{\theta}

Logo, a lagrangiana pode ser escrita como se pede,

L=TUL=2mR2θ˙2cos2θ2+RmgcosθL = T-U\\ \boxed{L =2mR^2\dot{\theta}^2cos^2\frac{\theta}{2}+Rmg\cos{\theta}}

Agora partimos para a transformada de θu\theta \rightarrow u através de u=sin(θ/2)u=\sin({\theta/2}), a transformação de cos2(θ/2)cos^2(\theta/2) é bem fácil através da conhecida identidade

cos2(θ/2)=1sen2(θ/2)=1u2cos^2(\theta/2)={1-sen^2(\theta/2)} = {1-u^2}

agora tratamos de cosθcos\theta, sabendo da relação de arco-metade, agora utilizando sen(θ/2)sen(\theta/2)

sen(θ2)=±1cosθ22sen2(θ2)=1cosθ12u2=cosθsen\left(\frac{\theta}{2}\right) = \pm\sqrt{\frac{1-cos\theta}{2}}\\ 2sen^2\left(\frac{\theta}{2}\right)=1-cos\theta\\ 1-2u^2=cos\theta

e finalmente do θ˙\dot{\theta}

u˙=θ˙2cos(θ2)2u˙=θ˙cos(θ2)=θ˙1u2θ˙=2u˙1u2\dot{u}=\frac{\dot{\theta}}{2}cos\left(\frac{\theta}{2}\right)\\ 2\dot{u}=\dot{\theta}cos\left(\frac{\theta}{2}\right) = \dot{\theta}\sqrt{{1-u^2}}\\ \dot{\theta}=\frac{2\dot{u}}{\sqrt{{1-u^2}}}

Substituindo nossos achados na lagrangiana,

L=2mR2θ˙2cos2(θ2)+RmgcosθL=2mR2(2u˙1u2)2(1u2)+Rmg(12u2)L=8mR2u˙2+Rmg(12u2)L = 2mR^2\dot{\theta}^2cos^2\left(\frac{\theta}{2}\right)+Rmg\cos{\theta}\\ {L = 2mR^2\left({\frac{2\dot{u}}{\sqrt{{1-u^2}}}}\right)^2({1-u^2})+Rmg(1-2u^2)}\\ \boxed{L = 8mR^2\dot{u}^2+Rmg(1-2u^2)}

Determinamos assim a equação de Lagrange,

ddt(Lu˙)Lu=0\frac{d}{dt}\left(\frac{\partial L}{\partial \dot{u}}\right)-\frac{\partial L}{\partial u} = 0

Assim derivamos,

Lu˙=u˙(8mR2u˙2+Rmg(12u2))=16mR2u˙Lu=u(8mR2u˙2+Rmg(12u2))=4Rmguddt(16mR2u˙)=16mR2u¨\frac{\partial L}{\partial \dot{u}} = \frac{\partial}{\partial \dot{u}}(8mR^2\dot{u}^2+Rmg(1-2u^2))=16mR^2\dot{u}\\ \frac{\partial L}{\partial u} = \frac{\partial}{\partial u}(8mR^2\dot{u}^2+Rmg(1-2u^2)) = -4Rmgu\\ \frac{d}{dt}\left(16mR^2\dot{u}\right) = 16mR^2\ddot{u}

E a equação de Lagrange vira

16mR2u¨+4Rmgu=016mR^2\ddot{u}+4Rmgu=0

simplificando,

4Ru¨+gu=0u¨+(g4R)u=04R\ddot{u}+gu=0\\ \ddot{u}+\left(\frac{g}{4R}\right)u=0\\

Observamos que a ultima equação é a equação diferencial que descreve um oscilador harmônico, com frequência angular ω2=g/4R\omega^2 = g/4R. Lembrando que a relação entre frequência e período do movimento oscilatório é ω=2π/T\omega = 2\pi/T, buscaremos o período desse movimento

ω=2πTT=2πω=2πg4RT=4πRg\omega = \frac{2\pi}{T} \Rightarrow T=\frac{2\pi}{\omega}=\frac{2\pi}{\sqrt{\frac{g}{4R}}} \\ \boxed{T = 4\pi \sqrt{\frac{R}{g}}}

Problema 1.6

Uma partícula cai verticalmente sob a ação da gravidade. supondo que a força da resistência do ar seja proporcional à velocidade, obtenha a equação de movimento a partícula com a ajuda da função dissipação F=λv22F=\frac{\lambda v^2}{2}. Determine a velocidade como função do tempo e prove que a maior velocidade possível para a queda a partir do repouso é v=mgλv=\frac{mg}{\lambda} .

Resolução

Primeiro iremos determinar a energia cinética do sistema, como estamos tratando apenas de um sistema unidimensional, a energia cinética terá apenas a velocidade em y.

T=12my˙2T=\frac{1}{2}m\dot y^2

Para a energia cinética

V=mgyV=-mgy

Como a laringiana é dada por:

L=TVL=T-V \\
L=12my˙2+mgyL=\frac{1}{2}m\dot y^2+mgy

Para encontrar as equações de movimento, poremos na equação de Lagrange. Mas para facilitar o processo faremos a derivada parcial para única coordenada generalizada.

Ly˙=my˙ddt(Ly˙)=my¨Ly=mgFy=λy˙\frac{\partial L}{\partial \dot y}=m\dot y \Rightarrow\frac{d}{dt}\left(\frac{\partial L}{\partial \dot y}\right)=m\ddot y\\ \frac{\partial L}{\partial y}=mg\\ \frac{\partial F}{\partial y}=\lambda \dot y

Para problemas a qual temos dissipação, a equação de Lagrange é:

ddt(Ly˙)Ly+Fy=0\frac{d}{dt}\left(\frac{\partial L}{\partial \dot y}\right)-\frac{\partial L}{\partial y}+\frac{\partial F}{\partial y}=0

substituindo:

my¨mg+λy˙=0y¨+λmy˙=gm\ddot y-mg+\lambda\dot y=0\\ \ddot y+\frac{\lambda}{m}\dot y=g

Resolvendo a EDO, obtemos y(t)y(t)

y(t)=c1meλmtλ+mgλt+c2y(t)=\frac{c_1m e^{-\frac{\lambda}{m}t}}{\lambda }+\frac{mg}{\lambda}t +c_2

Impondo as condições iniciais ditas pelo problema, para encontrar as constantes.

y(0)=0y˙(0)=0y(0)=0\\ \dot y(0)=0
y(0)=c1mλ+c2=0c1mλ+c2=0c1mλ=c2y(0)=\frac{c_1m }{\lambda } +c_2=0\Rightarrow\frac{c_1m }{\lambda } +c_2=0\\ \frac{c_1m }{\lambda }=c_2

derivando para aplicar a segunda condição inicial

y˙(t)=c1eλmt+mgλ\dot y(t)=c_1 e^{-\frac{\lambda}{m}t}+\frac{mg}{\lambda}\\

impondo a condição inicial

y(0)=c1+mgλ=0c1+mgλ=0c1=mgλy(0)=c_1 +\frac{mg}{\lambda}=0\Rightarrow c_1 +\frac{mg}{\lambda}=0\\ c_1=- \frac{mg}{\lambda}

substituindo na equação 13

mgλmλ=c2c2=m2gλ2\frac{mg}{\lambda}\frac{m }{\lambda }=c_2\\ c_2= \frac{m^2g}{\lambda^2}

Agora para encontrar o resultado pedido pela equação, substituímos o valor da constante em y˙(t)\dot y(t)

y(t)=mgλmeλmtλ+mgλt+m2gλ2y˙(t)=m2gλ2eλmt+mgλy(t)=- \frac{mg}{\lambda}\frac{m e^{-\frac{\lambda}{m}t}}{\lambda }+\frac{mg}{\lambda}t +\frac{m^2g}{\lambda^2}\\ \dot y(t)=\frac{ m^2g}{\lambda^2}e^{-\frac{\lambda}{m}t}+\frac{mg}{\lambda}

para mostrar qual maior velocidade possível, faremos t tender ao infinito

limt=mgλ\lim_{t\rightarrow \infty}=\frac{mg}{\lambda}

o que está de acordo com que foi pedido.

Problema 1.8

O ponto de suspensão de um pêndulo de massa m e comprimento l pode mover-se horizontalmente ligado a duas molas idênticas de constante elástica k. (i) Escolhendo como coordenadas generalizadas o deslocamento x do ponto de suspensão e o ângulo θ\theta entre o fio e a vertical, encontre a lagrangiana e as equações de movimento. (ii) Obtenha a forma aproximada das equações de Lagrange no caso de pequenas oscilações angulares (senθθsen \theta \approx\theta, cosθ1cos \theta \approx 1 e termos do tipo θn\theta^n e θ˙n\dot\theta^n com n>1 são desprezíveis). Combinando as equações de movimento aproximadas, mostre que x=αθx = \alpha\theta para um certo valor da constante α\alpha. Mostre, em seguida, que o sistema equivale a um pendulo simples de comprimento ll' e exprima ll' em termos de l,m,g,k.

Problema 1.8
Problema 1.8
## Resolução

(i) Escolhendo as coordenadas generalizadas o deslocamento x e ângulo do fio θ\theta, utilizamos um sistema de referência inercial em coordenadas cartesianas com origem no ponto de equilíbrio das molas, assim sendo com seu eixo-x orientado a direita da figura e o eixo-y orientado para cima.

Tratamos da representação de T e V neste sistema da seguinte forma: consideramos um pequeno deslocamento x do ponto de equilíbrio, causado por um desvio θ\theta do pendulo conectado, a representação das coordenadas da posição massa m será definida por:

X=x+lsinθY=lcosθ,X = x + l\sin{\theta}\\ Y = l\cos{\theta},

Considerando que a massa m está a uma distancia Y do potencial de referência, nulo, na origem, teremos a energia potencial UgU_g,

Ug=mglcosθU_g=-mgl\cos{\theta}

já para o caso da energia potencial elástica, devemos levar em conta dois fatos: sabemos que um deslocamento x no equilíbrio leva a uma força repulsiva devido a mola comprimida e uma força atrativa devido a mola alongada e que a força elástica é conservativa, i.e., deriva de um potencial. Somando a contribuição das duas, nos leva a:

Uel=2(kx22)=kx2U_{el}=2\left(\frac{kx^2}{2}\right)=kx^2

Agora resta por todas estas informações na lagrangiana, seguindo as contas,

T=12m(X˙2+Y˙2)X˙2+Y˙2=(x˙+lθ˙cosθ)2+(lθ˙senθ)2=(x˙2+l2θ˙2cos2θ+2lx˙θ˙cosθ)+(l2θ˙2sen2θ)X˙2+Y˙2=(x˙+lθ˙cosθ)2+(lθ˙senθ)2=x˙2+l2θ˙2+2lx˙θ˙cosθT=12m(x˙2+l2θ˙2+2lx˙θ˙cosθ)\begin{aligned} T &=\frac{1}{2}m(\dot X^2 + \dot Y^2)\\ \dot X^2 + \dot Y^2 &= (\dot x+l \dot\theta cos\theta)^2+(-l \dot \theta sen \theta)^2=(\dot x^2+l^2\dot \theta^2cos^2\theta+2l\dot x \dot \theta cos \theta)+(l^2 \dot \theta^2 sen^2\theta)\\ \dot X^2 + \dot Y^2 &= (\dot x+l \dot\theta cos\theta)^2+(-l \dot \theta sen \theta)^2=\dot x^2+l^2\dot \theta^2+2l\dot x \dot \theta cos \theta\\ T&=\frac{1}{2}m(\dot x^2+l^2\dot \theta^2+2l\dot x \dot \theta cos \theta)\\ \end{aligned}
V=kx2+mglcosθL=TVL=12m(x˙2+l2θ˙2+2lx˙θ˙cosθ)kx2+mglcosθV = kx^2+mglcos\theta \\ L = T-V\\ \boxed{L = \frac{1}{2}m(\dot x^2+l^2\dot \theta^2+2l\dot x \dot \theta cos \theta) - kx^2 + mglcos\theta}

Utilizando as equações de Lagrange:

ddt(Lx˙)Lx=0ddt(Lθ˙)Lθ=0\begin{aligned} \frac{d}{dt}\left(\frac{\partial L}{\partial \dot{x}}\right)-\frac{\partial L}{\partial x} &= 0 \\ \frac{d}{dt}\left(\frac{\partial L}{\partial \dot{\theta}}\right)-\frac{\partial L}{\partial \theta} &= 0 \end{aligned}

obtemos as derivadas parciais em xx e θ\theta:

Lx˙=m(x˙+lθ˙cosθ)Lθ˙=m(l2θ˙+lx˙cosθ)Lx=2kxLθ=mlx˙θ˙senθmglsenθ=mlsenθ(x˙θ˙g)\begin{aligned} \frac{\partial L}{\partial \dot{x}} &= m(\dot x+l \dot \theta cos \theta) & \frac{\partial L}{\partial \dot \theta} &= m(l^2\dot \theta+l\dot x cos \theta)\\ \frac{\partial L}{\partial x} &= -2kx & \frac{\partial L}{\partial \theta} &= -ml\dot x \dot \theta sen \theta - mglsen \theta = mlsen \theta(-\dot x \dot \theta - g)\\ \end{aligned}

Aplicamos as derivadas nas equações de Lagrange em x,

ddt(Lx˙)Lx=0ddt(m(x˙+lθ˙cosθ))+2kx=0m(x¨+lθ¨cosθlθ˙2senθ)+2kx=0m(x¨+lθ¨cosθlθ˙2senθ)+2kx=0\frac{d}{dt}\left(\frac{\partial L}{\partial \dot{x}}\right)-\frac{\partial L}{\partial x} = 0 \\ \frac{d}{dt}\left(m(\dot x+l \dot \theta cos \theta)\right) + 2kx = 0 \\ m\left(\ddot x+l \ddot \theta cos \theta - l\dot \theta^2 sen \theta\right) + 2kx = 0 \\ \boxed{m(\ddot x+l \ddot \theta cos \theta - l\dot \theta^2 sen \theta) + 2kx = 0}

e em θ\theta,

ddt(Lθ˙)Lθ=0mddt(l2θ˙+lx˙cosθ)mlsenθ(θ˙x˙g)=0m(l2θ¨+lx¨cosθlx˙θ˙senθ)+mlsenθ(θ˙x˙+g)=0l2θ¨+lx¨cosθlx˙θ˙senθ+lsenθ(θ˙x˙+g)=0\begin{aligned} \frac{d}{dt}\left(\frac{\partial L}{\partial \dot{\theta}}\right)-\frac{\partial L}{\partial \theta} = 0 \\ m\frac{d}{dt}\left(l^2 \dot \theta+l\dot x cos \theta \right)-ml sen\theta(-\dot \theta \dot x-g) = 0 \\ m\left(l^2 \ddot \theta+l\ddot x cos \theta -l\dot x \dot \theta sen \theta \right)+ml sen\theta(\dot \theta \dot x+g) = 0 \\ \boxed{l^2 \ddot \theta+l\ddot x cos \theta -l\dot x \dot \theta sen \theta +l sen\theta(\dot \theta \dot x+g) = 0 } \end{aligned}

Chegamos as equações de movimento do sistema.

(ii) Iremos obter a forma aproximada das equações de Lagrange no caso de pequenas oscilações angulares (senθθsen \theta \approx\theta, cosθ1cos \theta \approx 1 e termos do tipo θn\theta^n e θ˙n\dot\theta^n com n>1 são desprezíveis),

Iremos impor as aproximações acima nas equações de movimento, resultando em

m(x¨+lθ¨cosθlθ˙2senθ)+2kx=0l2θ¨+lx¨cosθlx˙θ˙senθ+lsenθ(θ˙x˙+g)=0\begin{aligned} m(\ddot x+l \ddot \theta cos \theta - l\dot \theta^2 sen \theta) + 2kx = 0 \\ l^2 \ddot \theta+l\ddot x cos \theta -l\dot x \dot \theta sen \theta +l sen\theta(\dot \theta \dot x+g) = 0 \end{aligned}
m(x¨+lθ¨cosθ1lθ˙20senθ)+2kx=0m(x¨+lθ¨)+2kx=0m(\ddot x+l \ddot \theta \underbrace{cos \theta}_{\approx 1} - l\underbrace{\dot \theta^2}_{\approx0} sen \theta) + 2kx = 0 \\ \boxed{m(\ddot x+l \ddot \theta) + 2kx = 0}
l2θ¨+lx¨cosθ1lx˙θ˙senθθ+mlsenθθ(θ˙x˙+g)=0l2θ¨+lx¨lx˙θ˙θ+lθ(θ˙x˙+g)=0lθ¨+x¨x˙θ˙θ+θθ˙x˙+θg=0lθ¨+x¨+θg=0l^2 \ddot \theta+l\ddot x \underbrace{cos \theta}_{\approx 1} -l\dot x \dot \theta \underbrace{sen \theta}_{\approx \theta} +ml \underbrace{sen \theta}_{\approx \theta}(\dot \theta \dot x+g) = 0 \\ l^2 \ddot \theta+l\ddot x -l\dot x \dot \theta \theta +l \theta(\dot \theta \dot x+g) = 0 \\ l \ddot \theta+ \ddot x -\dot x \dot \theta \theta + \theta \dot \theta \dot x + \theta g = 0 \\ \boxed{l \ddot \theta+ \ddot x + \theta g = 0} \\

Agora combinamos as equações para obter um x=αθx = \alpha \theta

mx¨+mlθ¨+2kx=0lθ¨+x¨+θg=0\begin{aligned} m \ddot x + ml \ddot \theta + 2kx = 0 \\ l \ddot \theta+ \ddot x + \theta g = 0 \end{aligned}

Dividindo a primeira por m

x¨+lθ¨+2kmx=0lθ¨+x¨+θg=0\begin{aligned} \ddot x + l \ddot \theta + \frac{2k}{m}x &= 0 \\ l \ddot \theta+ \ddot x + \theta g &= 0 \end{aligned}

Subtraindo as duas membro a membro

2kmxθg=0x=mg2kθα=mg2k\begin{aligned} \frac{2k}{m}x - \theta g &= 0 \Rightarrow x = \frac{mg}{2k}\theta \\ \therefore \boxed{\alpha = \frac{mg}{2k}} \end{aligned}

Buscamos agora o comprimento ll' em termos de l,m,g,kl, m, g, k. Tomamos a segunda equação e dividindo por l, temos

θ¨+x¨l+θlg=0\ddot \theta+ \frac{\ddot x}{l} + \frac{\theta}{l}g = 0

Substituímos pela quantidade x¨=mg2kθ¨\ddot x = \frac{mg}{2k}\ddot \theta,

θ¨+mg2klθ¨+θlg=0(1+mg2kl)θ¨+θlg=0θ¨+g(l+mg2k)θ=0\ddot \theta+ \frac{mg}{2kl}\ddot \theta + \frac{\theta}{l}g = 0 \\ \left(1+ \frac{mg}{2kl}\right)\ddot \theta + \frac{\theta}{l}g = 0 \\ \ddot \theta + \frac{g}{\left(l+\frac{mg}{2k}\right)}\theta = 0 \\

A equação acima descreve o movimento do pendulo simples de comprimento

l=l+mg2k\boxed{l^{'} = l+\frac{mg}{2k}}

Problema 1.10

Um pêndulo elástico numa massa m capaz de oscilar num plano vertical suspensa por uma mola de constante elástica k e comprimento natural l. Escolhendo coordenadas generalizadas convenientes, obtenha a lagrangiana e as equações de lagrange.

[IMAGEM 1.10]

Resolução

Descrevemos a origem no ponto de suporte do pêndulo, e direcionamos o par de eixos do sistema de referencia com o eixo-x para a direita e o eixo-y para baixo. Definimos as coordenadas generalizadas como d e θ\theta , sendo d o comprimento da mola e $\theta $ o ângulo com a vertical. A partícula de massa m é descrita pelo par (x,y), onde teremos a sua energia cinética e potencial da seguinte forma

T=12m(x˙2+y˙2)V=mgdsenθT = \frac{1}{2}m(\dot x^2+\dot y^2) \\ V = -mgdsen\theta \\

Derivamos x e y:

x=dsenθy=dcosθx˙2=(d˙senθ+dθ˙cosθ)2x˙2=(d˙2sen2θ+2d˙dθ˙senθcosθ+d2θ˙2cos2θ)y˙2=(d˙cosθdθ˙senθ)2y˙2=d˙2cos2θ2d˙dθ˙senθcosθ+d2θ˙2sen2θx˙2+y˙2=d˙2+d2θ˙2\begin{aligned} x &= dsen\theta\\ y &=dcos\theta \\ \dot x^2 &= (\dot d sen \theta + d \dot \theta cos \theta)^2 \\ \dot x^2 &= (\dot d ^2 sen^2 \theta + 2\dot d d \dot \theta sen \theta cos \theta + d^2 \dot \theta^2 cos ^2\theta)\\ \dot y^2 &= (\dot d cos \theta - d \dot \theta sen \theta) ^2 \\ \dot y^2 &= \dot d^2 cos^2 \theta - 2\dot d d \dot \theta sen \theta cos \theta + d^2 \dot \theta^2 sen^2 \theta \\ \dot x^2 + \dot y^2 &= \dot d^2 + d^2\dot \theta^2 \end{aligned}

E aplicamos em T

T=m2(d˙2+d2θ˙2)T = \frac{m}{2}(\dot d^2 + d^2 \dot \theta ^2)

Verificamos em seguida que a energia potencial do sistema é a soma das contribuições da energia potencial gravitacional e da energia potencial elástica,

V=mgdcosθ+k2(dl)2V =-mgdcos\theta + \frac{k}{2}(d-l)^2

A lagrangiana do sistema será,

L=m2(d˙2+d2θ˙2)+mgdcosθk2(dl)2L = \frac{m}{2}(\dot d^2 + d^2 \dot \theta ^2) + mgdcos\theta - \frac{k}{2}(d-l)^2

As equações de Lagrange para as coordenadas generalizadas escolhidas serão

ddt(Ld˙)Ld=0ddt(Lθ˙)Lθ=0\begin{aligned} \frac{d}{dt}\left( \frac{\partial L}{\partial \dot d} \right) - \frac{\partial L}{\partial d} = 0\\ \frac{d}{dt}\left( \frac{\partial L}{\partial \dot \theta} \right) - \frac{\partial L}{\partial \theta} = 0\\ \end{aligned}

Seguiremos resolvendo as derivadas parciais das equações

Ld˙=md˙Lθ˙=d2mθ˙Ld=mdθ˙2+mgcosθk(dl)Lθ=mgdsenθddt(md˙)=md¨ddt(d2mθ˙)=2dd˙mθ˙+d2mθ¨\begin{aligned} \frac{\partial L}{\partial \dot{d}} &= m\dot d & \frac{\partial L}{\partial \dot \theta} &= d^2m\dot \theta\\ \frac{\partial L}{\partial d} &= md\dot \theta^2 +mgcos \theta-k(d-l) & \frac{\partial L}{\partial \theta} &= -mgdsen \theta\\ \frac{d}{dt}(m \dot d) &= m \ddot d & \frac{d}{dt}(d^2m\dot \theta) &= 2d\dot d m \dot \theta+d^2 m \ddot \theta \\ \end{aligned}

as equações do movimento são

md¨mdθ˙2mgcosθ+k(dl)=02dd˙mθ˙+d2mθ¨+mgdsenθ=0\begin{aligned} m \ddot d - md \dot \theta^2 - mgcos \theta + k(d-l) &= 0 \\ 2d\dot d m \dot \theta+d^2 m \ddot \theta + mgdsen \theta &= 0 \end{aligned}

Dividindo ambos os membros da segunda equação por m:

md¨mdθ˙2mgcosθ+k(dl)=02dd˙θ˙+d2θ¨+gdsenθ=0\begin{aligned} m \ddot d - md \dot \theta^2 - mgcos \theta + k(d-l) &= 0 \\ 2d\dot d \dot \theta+d^2 \ddot \theta + gd sen \theta &= 0 \end{aligned}

Para validar estas equações trataremos de um caso mais simples que é o caso do pêndulo simples (para pequenas oscilações) onde a mola tem kk \rightarrow \infty. Dividindo por k,

mkd¨mkdθ˙2mkgcosθ+(dl)=0limkmkd¨mkdθ˙2mkgcosθ+(dl)=limk0dl=0d=l\begin{aligned} \frac{m}{k} \ddot d - \frac{m}{k}d \dot \theta^2 - \frac{m}{k}gcos \theta + (d-l) = 0\\ \lim_{k \rightarrow \infty} \frac{m}{k} \ddot d - \frac{m}{k}d \dot \theta^2 - \frac{m}{k}gcos \theta + (d-l) =\lim_{k \rightarrow \infty} 0 \\ d-l = 0 \Rightarrow d = l \end{aligned}

do resultado anterior sabemos que d˙=0\dot d = 0, daí

θ¨+gdsenθ=0\ddot \theta + \frac{g}{d}sen \theta = 0

e a equação fica simplificada a equação do pêndulo simples.

Problema 1.12

Um bloco de massa m desliza sem atrito ao longo de uma cunha de massa M e ângulo α\alpha. A cunha, por sua vez, escorrega sem atrito sobre uma superfície horizontal. (i) Escolhendo coordenadas generalizadas convenientes, obtenha a lagrangiana e as equações de movimento do sistema. (ii) Determine a aceleração da cunha relativamente ao sistema de referência inercial (x,y). (iii) Determine a aceleração do bloco em relação à cunha.

[IMAGEM 1.12]

Resolução

Tomamos um referencial inercial Oxy à direita dos blocos e escolhemos como coordenadas generalizadas a distância do bloco de massa M à origem dd e a distância do bloco de massa m em relação ao bloco de massa M, ll. As coordenadas (X,Y)=(d+lcosα,lsenα)(X,Y) = (d+lcos\alpha, l sen \alpha) representam as coordenadas do bloco menor, usaremos elas em breve.

Determinamos a energia cinética do bloco maior como

TM=12Md˙2T_M = \frac{1}{2}M\dot d^2

e a energia cinética e potencial do bloco menor

Tm=12m(X˙2+Y˙2)T_m = \frac{1}{2}m(\dot X^2 + \dot Y^2)
Vm=mglsenαV_m = mglsen \alpha

resolvemos a quantidade necessária para calcular a TmT_m:

X˙2+Y˙2=(d˙+l˙cosα)2+(l˙senα)2X˙2+Y˙2=(d˙2+2d˙l˙cosα+l˙2cos2α)+(l˙2sen2α)X˙2+Y˙2=d˙2+2d˙l˙cosα+l˙2\begin{aligned} \dot X^2 + \dot Y^2 &= (\dot d + \dot l cos \alpha)^2 + (\dot l sen \alpha)^2 \\ \dot X^2 + \dot Y^2 &= (\dot d^2 + 2\dot d \dot l cos \alpha + \dot l^2 cos^2\alpha)+(\dot l^2 sen^2 \alpha)\\ \dot X^2 + \dot Y^2 &= \dot d^2 + 2\dot d \dot l cos \alpha +\dot l^2\\ \end{aligned}

Aplicamos os valores encontrados na lagrangiana

L=TVL=12Md˙2+12m(d˙2+2d˙l˙cosα+l˙2)mglsenαL=12d˙2(M+m)+12m(2d˙l˙cosα+l˙2)mglsenα\begin{aligned} L &= T - V \\ L &= \frac{1}{2}M \dot d^2 +\frac{1}{2}m\left(\dot d^2 + 2\dot d \dot l cos \alpha +\dot l^2\right)-mglsen \alpha\\ L &= \frac{1}{2} \dot d^2 \left(M+m\right)+\frac{1}{2}m\left( 2\dot d \dot l cos \alpha +\dot l^2\right)-mglsen \alpha\\ \end{aligned}

Agora escreveremos a equação de Lagrange, mas antes disso para facilitar, faremos as derivada parciais.

Ll˙=m(l˙+d˙cosα)Ll=mgsenαLd˙=d˙(M+m)+ml˙cosαLd=0ddt(m(l˙+d˙cosα))=m(l¨+d¨cosα)ddt(d˙(M+m)+ml˙cosα)=d¨(M+m)+ml¨cosα\begin{aligned} \frac{\partial L}{\partial \dot{l}} &= m\left(\dot l+\dot dcos\alpha\right) & \frac{\partial L}{\partial l} &= -mgsen\alpha\\ \frac{\partial L}{\partial \dot{d}} &= \dot d(M+m)+m\dot l cos \alpha & \frac{\partial L}{\partial d} &= 0 \\ \frac{d}{dt}(m\left(\dot l+\dot dcos\alpha\right)) &= m\left(\ddot l+\ddot dcos\alpha\right) & \frac{d}{dt}(\dot d(M+m)+m\dot l cos \alpha) &= \ddot d(M+m)+m\ddot l cos \alpha \end{aligned}

As equações de movimento são dadas por

m(l¨+d¨cosα)+mgsenα=0d¨(M+m)+ml¨cosα=0\begin{aligned} m(\ddot l + \ddot d cos \alpha) + mg sen \alpha = 0 \\ \ddot d(M+m)+m\ddot l cos \alpha=0 \end{aligned}

Problema 1.14

Prove que a lagrangiana de Bateman (1931)

L=eλt(m2x˙2ω2m2x2)L=e^{\lambda t}\left( \frac{m}{2}\dot x^2-\frac{\omega ^2m}{2} x^2\right)

gera a equação de movimento de um oscilador harmônico amortecido. Mostre que a transformação de ponto q=eλt2xq=e^{\frac{\lambda t}{2}}x elimina a dependência temporal explicita na lagrangiana.

Resolução

O que primeiro faremos será aplicar a equação de Lagrange para a equação acima, fazendo as derivadas parciais separadamente para facilitar os cálculos.

Lx˙=eλt(mx˙)Lx=eλt(mω2x)ddt(Lx˙)=meλt(λx˙+x¨)\frac{\partial L}{\partial \dot x}=e^{\lambda t}(m\dot x) \\ \frac{\partial L}{\partial x}=e^{\lambda t}(m\omega^2 x) \\ \frac{d}{dt}\left(\frac{\partial L}{\partial \dot x}\right)=me^{\lambda t}\left(\lambda \dot x+\ddot x\right)

substituindo que foi encontrado na equação de Lagrange.

ddt(Lx˙)Lx=0meλt(λx˙+x¨)eλt(mω2x)\frac{d}{dt}\left(\frac{\partial L}{\partial \dot x}\right)-\frac{\partial L}{\partial x}=0\\ me^{\lambda t}\left(\lambda \dot x+\ddot x\right)-e^{\lambda t}(m\omega^2 x) \\

organizando um pouco mais

meλt(x¨+λx˙+ω2x)=0me^{\lambda t}\left(\ddot x +\lambda\dot x+\omega^2x\right)=0

sabemos que meλt>0,tme^{\lambda t}>0, \forall t, portanto temos que:

x¨+λx˙+ω2x=0\ddot x +\lambda\dot x+\omega^2x=0

que é a equação de movimento de um oscilador harmônico amortecido. Pondo de outra forma, com $\omega^2=\frac{k}{m}, \lambda=\frac{\rho}{m} $ e multiplicando por m.

mx¨+mλx˙+mω2x=0mx¨+mρmx˙+mkmx=0mx¨+ρx˙+kx=0m\ddot x +m\lambda\dot x+m\omega^2x=0\\ m\ddot x +m\frac{\rho}{m}\dot x+m\frac{k}{m}x=0\\ \boxed {m\ddot x +\rho\dot x+kx=0}

que também é uma forma para oscilador harmônico amortecido. Agora eliminaremos a dependência temporal através da equação.

q=eλt2xq=e^{\frac{\lambda t}{2}}x

derivando a equação para fazer substituições:

q˙=λ2eλt2x+eλt2x˙q˙=λ2q+eλt2x˙x˙=q˙λ2qeλt2\dot q=\frac{\lambda }{2}e^{\frac{\lambda t}{2}}x+ e^{\frac{\lambda t}{2}}\dot x\\ \dot q=\frac{\lambda }{2}q+ e^{\frac{\lambda t}{2}}\dot x\\ \dot x=\frac{\dot q-\frac{\lambda }{2}q}{e^{\frac{\lambda t}{2}}}
x=qeλt2x=\frac{q}{e^{\frac{\lambda t}{2}}}

pondo o que foi encontrado na lagrangiana

L=eλt(m2x˙2ω2m2x2)L=eλt(m2(q˙λ2qeλt2)2mω22(qeλt2)2)L=m2(q˙λ2q)2mω22q2=m2((q˙λ2q)2ω2q2)L=e^{\lambda t}\left( \frac{m}{2}\dot x^2-\frac{\omega ^2m}{2} x^2\right)\\ L=e^{\lambda t}\left( \frac{m}{2}\left(\frac{\dot q-\frac{\lambda }{2}q}{e^{\frac{\lambda t}{2}}}\right)^2-\frac{m\omega ^2}{2} \left(\frac{q}{e^{\frac{\lambda t}{2}}}\right)^2\right)\\ L=\frac{m}{2}\left({\dot q-\frac{\lambda }{2}q}\right)^2 -\frac{m\omega ^2}{2}q^2=\frac{m}{2}\left(\left(\dot q-\frac{\lambda }{2}q\right)^2-\omega^2q^2\right)

o que elimina a dependência no tempo.